A pequena cidade de Rjukan na Noruega, de grande relevância história e agraciada em 2015 com o título de Patrimônio Mundial da Unesco, não recebe luz solar durante 6 meses. Construída no fundo de um vale, sua posição geográfica faz com que as montanhas ao redor bloqueiem a iluminação natural de setembro a março, todos os anos.
A cidade foi construída pelo engenheiro Sam Eyde, fundador da Hydro, empresa conhecida mundialmente pela produção de alumínio.
Após a construção da cidade, em 1913, Eyde pensou nos problemas que a falta de insolação no inverno poderia causar aos moradores e propôs a construção de um espelho, que chamou de “Solspeil”, no topo de uma das montanhas. Esse foi um dos únicos objetivos que ele não conseguiu completar antes de sua morte. Em 1928, porém, seu sucessor deu outra solução para o problema: optou pela construção de uma gôndola, que carregava os moradores até o topo da montanha para que pudessem aproveitar a luz solar. Chamado de Krossobanen, o veículo funciona até hoje e ajuda quem prefere sentir o Sol de forma direta.
Espelho solar
Apenas em 2013 o espelho idealizado pelo fundador da cidade foi construído, utilizando tecnologia moderna para direcionar os grandes refletores. O aparato foi posicionado em uma montanha que fica 400 metros acima da cidade e redireciona os raios solares direto para a praça da cidade.
Três espelhos, com área total de 51 m², formam um conjunto que consegue iluminar uma área em formato de elipse com 600 m² no centro da cidade. A intensidade da luz varia entre 80% e 100% do que atinge o topo da montanha, e todo o processo é controlado por um sistema automatizado.